Este tema está
detalhado no meu livro Gestão, Econômica e Finanças na Alimentação capítulo 5,
cujo título é “Responsabilidade pela Gestão Econômica e Financeira” das
empresas.
O mundo
empresarial tem se tornado cada vez mais complexo com as empresas buscando
maior competitividade, portanto exigindo cada vez mais a necessidade em
controlar o seu desempenho de forma proativa. Além disso, o acompanhamento e
adaptação à legislação e as práticas contábeis no Brasil alteradas de acordo
com a lei 11.638/07, exigem da área de controladoria a utilização de técnicas e
ferramentas que permeiem em toda a organização.
Todos os gestores
de empresas tomam decisões econômico-financeiras: no momento da venda,
estabelecendo margens, quando adquirem produtos e serviços, quando fixam prazos de compra e de venda, decide elevar ou
diminuir o nível dos estoques o nível de produção, deixar de eliminar ou
diminuir desperdícios, contratar, demitir funcionários, somente para citar algumas
das decisões e atitudes diárias dos gestores.
Cabe ao principal
responsável pela gestão econômica e financeira da organização, estabelecer
políticas, procedimentos e sistemas que sincronizem todas as decisões,
permitindo previsibilidade, antecipação aos fatos e tratamento diferenciado às
exceções.
O papel da
Controladoria é de suma importância no processo de gestão das empresas e
negócios, que não é tão simples como parece. Tomemos como exemplo as empresas
altamente descentralizadas, com áreas de negócios atuando em todo o país, em
regiões de um continente, ou em todo o mundo.
Sua maior responsabilidade é a
criação de um processo interativo que dê aos gestores de toda a organização um
ferramental para a rápida tomada de decisões e correção de rota.
A área de
controladoria cada vez mais desempenha um papel estratégico dentro das
organizações, no aconselhamento à direção da empresa. Para que isso seja
possível é fundamental que tenha e aplique a sua missão, desenvolva, permeie,
treine as equipes cujo processo interativo apresentamos a seguir.
1. ESTABELECER PADRÕES E PROCEDIMENTOS
2. PERMEAR CULTURA DE CONTROLE
3.SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Esses itens resultam na:
QUALIDADE TOMADA DE DECISÃO
Podemos entender
então que a missão e as principais atribuições da área de controladoria podem
ser estabelecidas como:
Missão - “Envidar esforços para sinergia de todas
as áreas da organização, no sentido de aperfeiçoar e maximizar a gestão
econômica e financeira e na criação de valor. Estabelecer, manter, e coordenar
sistemas de informação que permita aos gestores a rápida tomada de decisões”.
Com base na
missão, destacamos como principais atribuições da área de controladoria:
1. Estabelecer, manter e coordenar um sistema de
planejamento e orçamento;
2. Coordenar,
assessorar, consolidar, avaliar e informar o plano e o orçamento da empresa;
3. Estabelecer, manter, e coordenar um sistema de
controle, indicadores de desempenho e relatórios gerenciais;
4.Coordenar, avaliar e informar o desempenho da
empresa e desvios em relação aos planos e metas, identificando e quantificando
suas causas e efeitos;
5. Analisar, discutir e acompanhar as medidas
corretivas dos desvios em relação aos planos e metas;
6. Estabelecer, manter, e coordenar um sistema de
informações, normas, métodos, e rotinas administrativas;
7. Estabelecer e manter um sistema de contabilidade
em conformidade com as normas externas e as necessidades da empresa;
8. Elaborar relatórios econômico-financeiros para
agentes externos;
9. Estabelecer e manter um sistema de controle e
análise de custos, adequado para a avaliação da produtividade/eficiência e da
relação preço/custo/rentabilidade
10. Estabelecer e manter um sistema de auditoria
interna: operacionais e contábil. Coordenar os trabalhos de auditoria externa;
11.
Pesquisar, interpretar e informar os efeitos
de influências externas sobre os objetivos e desempenho da empresa;
12.
Elaborar
Planejamento Tributário e administrar os impostos e tributos;
13.
Coordenar
o desenvolvimento de mecanismos de proteção dos ativos e operações da empresa;
14.
Consolidar, analisar, informar os estudos
econômico-financeiros de projetos especiais e, controlar seu desempenho;
15.
Ser o otimizador da cultura de gestão e controle
na organização.
São Paulo, 31 de outubro de 2017
Elaborado por José Carlos Lucentini - Mestre
em
Contabilidade Estratégica , professor universitário nas áreas
de graduação e pós-graduação em Finanças, Gestão Estratégica de Custos,
Contabilidade Societária e Gerencial e Economia Brasileira. Desenvolveu e
implantou cursos de pós-graduação em Contabilidade Gerencial
e Internacional, Finanças e Gestão de Riscos. Autor dos livros Gestão,
Econômica e Finanças na Alimentação, 2015, Gestão Operacional de Preços e
Custos em Restaurantes, 2014, ambos pela editora Livre Expressão; ABC das
Finanças, Novatec, 2007; É executivo de área financeira, de tecnologia,
auditoria, Unidade Estratégica de
Negócios, Diretor Nacional de Vendas e Fidelização de Clientes, Coach
Executivo, Organizacional e de Carreira, sócio da Geconfi – Consultoria Empresarial & Treinamento/Coach.